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Avião da Ucrânia pegou fogo antes de cair no Irã, diz relatório preliminar

Posted by on 09/01/2020

O Irã mudou sua versão sobre o que levou um Boeing 737-800 operado pela Ukrainian International Airlines a mergulhar no céu minutos depois de decolar do aeroporto de Teerã. Depois de culpar inicialmente defeitos mecânicos pelo acidente e queda da aeronave, uma versão dos eventos que foi refutada quase instantaneamente por vídeos [que mostra a queda do avião já em chamas antes do impacto com o solo] , especialistas e a companhia aérea na Ucrânia , o Irã agora está alegando que o voo 752 da UIA tentou voltar ao aeroporto depois da decolagem, sugerindo que a causa do acidente foi algo que não foi falha de um dos sistemas de defesa antimísseis fabricados na Rússia, segundo a Bloomberg . 

Tradução, edição e imagens:  Thoth3126@protonmail.ch

O Irã muda a história do acidente de avião, já que as teorias ucranianas incluem um possível ataque com mísseis

Fontes:  https://www.zerohedge.com/  – https://www.dw.com/

O avião ucraniano que caiu em Teerã com 176 pessoas a bordo pegou fogo antes de cair, afirma um relatório preliminar divulgado por investigadores iranianos nesta quinta-feira (09/01). A queda do Boeing 737-800 da companhia aérea Ukranian International Airlines, ocorrida na madrugada desta quarta-feira, resultou na morte de todos os passageiros e tripulantes a bordo.

A aeronave viajava com destino a Kiev, capital da Ucrânia,e  transportava principalmente iranianos. O jato caiu logo após decolar do aeroporto internacional Imam Khomeini, em Teerã. 

Um vídeo com a queda da aeronave, que viralizou ontem, parece mostrar que o jato já estava pegando fogo quando caiu do céu.

Num movimento surpreendente que não era esperado inicialmente, o Irã invocou um acordo internacional que lhe permite receber assistência de outros países, incluindo os EUA. Uma equipe ucraniana chegou a Teerã e, de acordo com uma reportagem do jornal israelense Haaretz , os investigadores estão procurando sinais de mísseis fabricados na Rússia entre os destroços no local da queda da aeronave. 

Depois de inicialmente parecer apoiar relatórios de erro mecânico, o governo ucraniano mudou oficialmente sua posição para apoiar várias teorias, incluindo a possibilidade de um míssil ou bomba explodir o avião no céu. Nos EUA, agências americanas como o NTSB estão tentando descobrir se seria legal se envolver com os iranianos sob os termos de sanções internacionais, que o presidente Trump agora planeja reforçar. 

Eles também estão preocupados em enviar pessoas ao Irã, dados os recentes ataques entre os dois países. Os quatro cenários que estão sendo estudados, segundo um ministro ucraniano, são a possibilidade de uma colisão no ar com um drone, um ataque terrorista com uma bomba a bordo, um ataque com mísseis e falhas mecânicas. 

O Departamento de Estado dos EUA divulgou uma declaração oferecendo ajuda à Ucrânia na investigação, mas notavelmente essa declaração não mencionou ajudar o Irã. “Os Estados Unidos pedem cooperação completa com qualquer investigação sobre a causa do acidente”, dizia o documento. Depois que dezenas de canadenses morreram no acidente, o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau também exigiu que o Canadá participasse. 

Equipes de resgate vasculham os destroços do voo 752 da Ukraine International Airlines, que caiu pouco depois da decolagem perto de Shahedshahr, no Irã, em 8 de janeiro. Fotógrafo: Ali Mohammadi / Bloomberg

As caixas-pretas, que contêm dados e comunicações do cockpit do avião, foram recuperadas, apesar de terem sofrido danos e de algumas partes da memória terem se perdido.

O desastre aconteceu em um momento difícil para a fabricante de aviões Boeing, que suspendeu a fabricação de seu 737 MAX após dois acidentes. O 737-800 é um dos modelos mais usados no mundo, tem um bom histórico de segurança e não usa a ferramenta de software implicada nas quedas do 737 MAX 8. 

As investigações sobre desastres aéreos são complexas, exigindo que reguladores, peritos e empresas de vários países trabalhem em conjunto. A divulgação de um relatório dentro de 24 horas é rara, e as autoridades podem levar meses para determinar a real causa do incidente. 

Uma fonte de segurança afirmou à agência de notícias Reuters que havia evidências de que houve superaquecimento de um dos motores. A queda ocorreu horas depois de o Irã lançar mísseis contra bases que abrigam forças americanas no Iraque, levando alguns a especular que o avião pudesse ter sido atingido.

Rota é popular entre canadenses

Em Kiev, o presidente da Ucrânia, Volodymir Zelenski, afirmou que o governo estava considerando várias causas possíveis para a queda do avião. Numa declaração transmitida pela televisão, ele pediu às pessoas que evitem especulações, teorias conspiratórias e avaliações apressadas em relação à queda. Ele também declarou esta quinta-feira como dia de luto nacional.

O líder ucraniano afirmou que conversaria por telefone com o presidente iraniano para intensificar a cooperação para descobrir a causa do desastre. Países reconhecidos como participantes da investigação devem nomear quem desejam incluir no processo, afirmou o relatório iraniano, apontando que peritos ucranianos iriam participar da apuração. 

A queda do Boeing 737 da Ukranian International matou todos os 176 passageiros e tripulantes a bordo

Como país onde o avião foi desenvolvido e construído, os EUA são geralmente autorizados a serem incluídos nas investigações por meio de uma convenção da ONU, mas nenhum dos lados envolvidos afirmou se investigadores americanos serão enviados ao Irã.

As tensões entre Washington e Teerã aumentaram com a morte do alto general iraniano Qassim Soleimani pelos EUA, que levou Teerã a retaliar com o ataque de mísseis a bases iraquianas usadas por forças americanas. A aeronave ucraniana que caiu poucas horas depois do ataque iraniano decolou do aeroporto de Teerã às 6:12 horas da manhã (horário local) e foi lhe dado permissão para subir até 26 mil pés (quase 8 mil metros), afirmou o relatório. Seis minutos depois, o avião caiu perto da cidade de Sabashahr.

Os restos mortais recuperados no local do desastre devem agora ser identificados por médicos forenses, segundo o relatório de investigadores iranianos. Objetos como sapatos e roupas ficaram espalhados no campo onde o avião caiu. Trabalhadores de resgate usando máscaras de proteção colocaram corpos em sacos.

A bordo estavam 146 iranianos, 11 ucranianos, dez afegãos, cinco canadenses e quatro suecos, apontou o relatório, acrescentando que alguns podem ter mais de uma cidadania. As autoridades ucranianas disseram que 82 iranianos, 63 canadenses e 11 ucranianos haviam embarcado no avião.   

Devido à ausência de voos diretos, a rota entre Toronto e Teerã via Kiev é popular entre canadenses com ascendência iraniana que visitam o Irã.

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