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Triângulo de estrelas brilhantes no céu

Posted by on 06/07/2018

O TRIÂNGULO DE INVERNO (VERÃO no hemisfério norte)

Quando o verão começou em junho no hemisfério norte ao mesmo tempo que o inverno se iniciava para nós no hemisfério sul, e à medida que as noites ficavam mais escuras,  quando não há a luz da Lua, as estrelas que formam o famoso “Triângulo de Verão” poderão ser vistas acima no céu, olhando em direção nordeste, a partir das 22:00 (Brasilia) para quem vive no hemisfério sul.

Este grande triângulo estelar, quase isósceles, é composto por três das mais brilhantes estrelas do céu noturno da Terra, cada uma sendo a estrela mais brilhante (Alpha) da sua própria constelação. 

Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch

AS CONSTELAÇÕES E ESTRELAS DO TRIÂNGULO DE VERÃO (inverno no brasil)

Fontehttps://www.ccvalg.pt/

Mais informações sobre astronomia no hemisfério sul (em inglês) em:  https://rasnz.org.nz/

Começamos pela mais brilhante das três, a azul-esbranquiçada Vega na Constelação de Lira, (é a estrela/sol de onde foram transmitidos os sinais de rádio extraterrestres captados na Terra mostrados no livro de Carl Sagan, mais tarde demostrado no filme, “Contato”, com Jodie Foster).  Vega é a quinta estrela mais brilhante do céu, bastante próxima de nós, a cerca de apenas 26 anos-luz de distância. 

O seu tempo de vida será de apenas mais um bilhão de anos, um décimo da vida do nosso Sol. É duas vezes e meia mais massiva que o Sol e cinquenta vezes mais energética. Nos anos 80 descobriu-se que cercando Vega existe um disco de poeira e gás, indicando a provável existência de planetas ou pelo menos as condições para a sua formação.

Vega é a quinta estrela mais brilhante do céu, bastante próxima de nós, a cerca de apenas 26 anos-luz de distância.

Por volta do ano 14,000, Vega (foto a seguir) será a Estrela Polar nos céus da Terra, no lugar de Polaris, devido à precessão dos equinócios. Foi, em 1850, a primeira estrela a ser fotografada, e em 1872, a primeira a ter o seu espectro analisado. 

A brilhante VEGA, na Constelação da Lyra.

Em seguida temos a branca-amarelada estrela Altair, na Constelação de Áquila. Ela esta distante cerca de 17 anos-luz da Terra, é uma das mais próximas estrelas visíveis a olho nu. O nome “Altair” vem do árabe “águia voadora”.

Tem uma rotação bem rápida; o seu equador completa uma rotação em apenas seis horas e meia. O nosso Sol, por exemplo, demora pouco mais de 26 horas. Devido a este efeito, a estrela é achatada nos pólos: o seu diâmetro equatorial é pelo menos 14% maior que o seu diâmetro polar. 

E por fim, temos a branca estrela Deneb, na Constelação de Cignus. Com uma magnitude absoluta de -7.2, é uma das estrelas mais luminosas conhecidas. É ainda incerta a sua distância. Várias fontes dizem que se situa entre os 1,600 e 3,200 anos-luz de distância. O valor exato é difícil de se  calcular porque estrelas a essas distâncias têm uma paralaxe quase inexistente.

Estimativas da luminosidade de Deneb variam entre 60 mil vezes o brilho do Sol (se a 1,600 anos-luz) e até 250 mil vezes (se a 3,200 anos-luz). Se Deneb fosse um ponto de luz à distância do Sol, seria bem mais brilhante que a maioria dos lasers industriais; gera mais luz num dia que o Sol em 140 anos. O seu diâmetro deverá ser entre 200 ou 300 vezes o do Sol: se estivesse no lugar do nosso sol, o tamanho de Deneb alcançaria a órbita da Terra.

O Triângulo de Verão (inverno para nós do hemisfério sul) é um dos conjuntos de estrelas favoritas do céu para a maioria dos observadores da noite, talvez devido à sua simplicidade em contraste com a grande abundância de estrelas brilhantes presentes no céu de Inverno.

Se voce esta apenas começando a se interessar por Astronomia, e especialmente se procura as primeiras estrelas a poderem ser observadas mesmo depois do pôr-do-Sol durante as próximas semanas, não é provável que voce vá confundir o Triângulo de Verão com qualquer outra coisa. 

E, dado que esta área do céu está bem afastada da eclíptica zodiacal, por onde os brilhantes planetas vagueiam, não tem estranhas “estrelas” (nesse caso os planetas) temporariamente a alterar o seu padrão familiar, tal como Saturno tem feito em Libra e Marte em Virgem nos últimos meses. 

Se tiver a sorte de se poder deslocar para um local escuro numa noite limpa e sem Lua, verá a grande mancha estrelada conhecida como simplesmente o braço local da Via Láctea, ou a Estrada de S. Tiago em Portugal, passando por entre Vega e Altaír, e com Deneb saltando à vista no meio deste rio de estrelas (fogo, pois todas são sóis de diferentes tamanhos) que cruza os nossos céus no sentido norte-sul.

Embora todas as estrelas que vejamos no céu pertençam à nossa galáxia Via Láctea, este termo refere-se à zona mais brilhante do disco galáctico, onde inúmeros sóis (estima-se em até 400 bilhões somente em nossa galáxia) se concentram numa corrente enevoada de um enxame de estrelas/sóis. 

Depois de aprender a observar o Triângulo de Verão (e suas respectivas constelações), por que não seguir o caminho lácteo para sudoeste (vire-se para o sul e olhe  bem acima um pouco à sua direita-oeste), e observar com binóculos os inúmeros objetos presentes no centro da nossa Galáxia, por entre as constelações de Sagitário e Escorpião, com a bonita e laranja Antares? No momento atual também esta visível o planeta MARTE, na constelação de Sagitário, muito brilhante, em cor laranja, rumando para sua máxima aproximação com a Terra em 27 de julho.

Nestas noites de inverno (para nós do hemisfério sul), o céu está a nosso favor e é sempre uma delícia nos perdermos olhando por entre nebulosas e enxames de estrelas, em um espetáculo de luzes magnifico, seja na praia, no campo, ou se tiver de ser, até mesmo na cidade.


Muito mais informações, LEITURA ADICIONAL:

Permitida a reprodução desde que mantida a formatação original e mencione as fontes.

phi-golden-ratiowww.thoth3126.com.br

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