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Hubble registra incrível e belo aglomerado de galáxias
Fonte: https://revistagalileu.globo.com/
O telescópio espacial Hubble, da NASA, não para de coletar belíssimos registros do Universo. Tal como essa nova imagem, divulgada pela agência espacial norte-americana.
À primeira vista, é possível ver um incrível ponto de luz no canto esquerdo inferior da imagem, que é, na verdade, uma galáxia. Porém, esse está longe de o espetáculo mais surpreendente registrado na fotografia, pois, atrás dela, está um imenso aglomerado de galáxias.
As galáxias não estão espalhadas de forma aleatória no espaço. Pelo contrário, elas sofrem constante influência da gravidade para se unir e formar aglomerados. Exemplo disso é a nossa Via Láctea, uma das cinquenta galáxias integrantes do Grupo Local, que está inserida no Aglomerado de (Constelação de) Virgem que, por fim, compõe o superaglomerado Laniakea com mais de cem mil galáxias.
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Laniakea é um Superaglomerado de galáxias, onde a Via Láctea, e outras galáxias vizinhas como Andrômeda, está localizada. Foi definido em setembro de 2014, quando astrônomos da Universidade do Havaí, liderados por R. Brent Tully, publicaram um novo método de definir superaglomerados de acordo com as velocidades relativas de Galáxias. Essa nova definição de superaglomerados locais engloba o anteriormente caracterizado Superaglomerado de Virgem como um apêndice de Laniakea.
O superaglomerado de Laniakea abrange 100,000 galáxias ao longo de 520 milhões de Anos-luz. No centro do superaglomerado, há um ponto gravitacional central denominado Grande Atrator, que atrai grande parte das galáxias do superaglomerado, fazendo com que o movimento de cada galáxia seja direcionado para esse centro de massa.
O aglomerado de galáxias capturado nesta nova imagem do Hubble é conhecido por SDSS J0333 + 0651 e os cientistas acreditam que ele poderá ajudar a entender o Universo distante e primitivo. Esse aglomerado foi visualizado durante um estudo de formação de estrelas em galáxias distantes, uma tarefa difícil de se resolver com telescópios à distância, visto que as regiões de formação de estrelas geralmente não são tão grandes. Nem mesmo o Hubble, dotado de câmeras mais sensíveis e de maior resolução, é capaz de driblar a situação.
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É por isso que astrônomos criaram um truque cósmico: em vez de procurar por regiões de formação de estrelas, eles buscam por aglomerados de galáxias, que têm uma gigantesca influência gravitacional capaz de deformar o espaço-tempo ao redor.
Essa distorção funciona como uma lente que amplia a luz das galáxias (e de suas regiões de formação de estrelas) situadas muito atrás dos aglomerados. Além disso, o método produz arcos alongados que ajudam a observar esses espaços – tal como esse traço visto no topo esquerdo da imagem mostrada anteriormente na nova foto do Hubble.
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